O Bitcoin (BTC) pode estar mirando a marca dos US$ 170 mil. Isso acontece em um momento em que a liquidez global, medida pela oferta monetária M2, bateu um recorde de US$ 55,48 trilhões no dia 2 de julho. Essa tendência sugere uma recuperação interessante no mercado de criptomoedas, especialmente para quem está de olho no futuro do BTC.
Bitcoin e a Liquidez Global
A oferta M2 inclui a liquidez disponível dentro dos Estados Unidos e de várias regiões como a zona do euro, Japão, Reino Unido e Canadá. Quando essa oferta aumenta, significa que mais dinheiro está circulando pela economia. Isso inclui não só contas bancárias, mas também depósitos à vista e outros ativos líquidos. Com mais grana disponível, investidores podem se sentir mais à vontade para aplicar em ativos mais arriscados, como as criptomoedas.
Historicamente, o Bitcoin tende a seguir essas mudanças na oferta de M2 com um certo atraso, que pode variar entre três a seis meses. Em momentos de movimentações mais intensas, como no significativo rompimento para acima de US$ 100.000 em abril de 2025, esse atraso reduziu para uma a duas semanas. É uma dinâmica que vale a pena observar se você está pensando em investir.
Altas Sustentáveis e Expectativas Futuras
Embora o BTC já tenha apresentado alta em cenários de menor crescimento no M2, essas movimentações costumam ser passageiras. Por outro lado, quando os preços sobem acompanhados de um aumento na liquidez, costumam resultar em tendências de alta mais estáveis e prolongadas. Nesse contexto, analistas estão apostando que o preço do Bitcoin pode chegar a algo entre US$ 150.000 e US$ 200.000 até o final de 2025. Isso, impulsionado principalmente pela demanda crescente de instituições, como a busca por ETFs.
O Impacto da Fraqueza do Dólar
Outro fator que parece estar contribuindo para essa movimentação é a fraqueza do dólar dos EUA. O Índice do Dólar (DXY) sofreu uma queda de 10,8% no primeiro semestre de 2025, o que representa seu pior desempenho nesse período desde 1973. Nesse mesmo intervalo, o Bitcoin se valorizou 13,25%, mostrando um comportamento inverso ao do dólar. Essa correlação histórico é bem interessante, pois, em momentos passados, grandes divergências entre o BTC e o dólar sinalizaram reversões significativas nas tendências do mercado.
O ciclo atual mostra BTC e DXY quase se movendo juntos até o início de 2024. Contudo, a partir de abril de 2025, quando o DXY caiu abaixo de 100 pela primeira vez em dois anos, essas duas métricas começaram a se divergirem. Se a história for um indicativo, essa dinâmica pode sinalizar o início de uma nova alta para o Bitcoin.
Com tudo isso em mente, quem está no mercado de criptomoedas deve ficar alerta, pois uma fraqueza do dólar pode potencializar essa tendência, levando o BTC a patamares ainda mais altos nos próximos meses. É um cenário que certamente merece atenção, principalmente para quem está investindo ou pensa em fazer isso.
